Quais são as principais doenças reumáticas?
As doenças reumáticas são popularmente chamadas de reumatismo, e são compostas por diferentes distúrbios que atingem o aparelho locomotor do paciente, atingindo principalmente ossos, articulações, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos.
Existe pelo menos uma centena dessas doenças registradas, que podem comprometer, também, os rins, coração, pulmões, olhos, intestino e até a pele.
As doenças reumáticas, no geral, provocam muitas dores nos pacientes, podendo incapacitar o indivíduo a ponto de prejudicar sua vida comum.
Por isso, listamos as 5 doenças reumáticas mais comuns que afetam a população brasileira.
1. Osteoporose:
A osteoporose é uma doença osteometabólica sistêmica. Ela ocorre por um desequilíbrio entre a formação e a reabsorção óssea, acarretando em uma perda de massa mineral óssea.
A principal característica da osteoporose é a facilidade de fratura de ossos, frequentemente associada à menopausa, envelhecimento, fatores genéticos, dietas pobres em cálcio, tabagismo, consumo exagerado de álcool e uso excessivo de alguns medicamentos.
Os principais tipos de osteoporose são:
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Osteoporose pós-menopausa: Este tipo da doença atinge mulheres principalmente após a menopausa. Neste tipo, a fratura vertebral é mais frequente.
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Osteoporose senil: Atinge pessoas com mais de 70 anos de idade. As fraturas mais frequentes neste tipo são a fratura vertebral e de quadril.
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Osteoporose secundária: Atinge pessoas com doença reumática, renal, hepática, endócrina, hematológica ou que usam alguns medicamentos, por exemplo, corticoides.
Diagnóstico:
O diagnóstico da osteoporose é feito por um exame chamado densitometria óssea.
Tratamento:
Entre as formas de tratamento mais difundidas estão a suplementação de cálcio e vitamina D.
2. Artrite Reumatoide:
A Artrite Reumatoide é uma doença crônica inflamatória, autoimune, caracterizada pela inflamação das articulações. Ela afeta outros órgãos como pulmões, vasos, nervos periféricos e olhos. Essa inflamação, quando persistente, pode levar à destruição das juntas, o que ocasiona deformidades e limitações para o trabalho e para as atividades cotidianas.
Sintomas:
Os sintomas da Artrite Reumatoide podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças, por isso é importante que o médico responsável pelo caso investigue com cautela os sintomas do paciente. Eles podem aparecer de forma abrupta e simultânea. São eles:
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Inflamação persistente das articulações, caracterizada por dor, inchaço e aumento da temperatura na região;
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Rigidez matinal, que pode durar horas e reduz ao longo do dia;
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Nódulos reumatoides, caroços firmes de tecido sob a pele;
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Dedos em forma de pescoço de cisne, botoeira, desvio da ulna e joanete;
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De forma mais rara o comprometimento da coluna lombar, dorsal e cervical;
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Fadiga;
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Febre;
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Perda de peso.
Diagnóstico:
O diagnóstico da Artrite Reumatoide é feito de forma clínica, feito com base no histórico do paciente e no exame físico feito pelo médico. Exames complementares de sangue ou de imagem podem ser solicitados.
Tratamento:
Uma vez diagnosticada a doença, o paciente deve fazer acompanhamento contínuo com o médico especialista. Alguns medicamentos podem ajudar a controlar a doença, e quanto antes for iniciado o tratamento, melhor.
3. Espondiloartrites:
As Espondiloartrites são um grupo de doenças compostas pela Anquilosante, a Artrite Psoriásica, as Artropatias Enteropáticas, a Artrite Reativa, as Espondiloartrites Indiferenciadas e as Espondiloartrites Juvenis. Em comum, elas impactam a êntese, estão relacionadas a fatores genéticos, e a afetam as articulações sacroilíacas.
As principais características das espondiloartrites são:
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Espondilite: dor nas costas, de início insidioso e persistente por mais de três meses. A dor piora em repouso e no período noturno. Essa dor melhora quando o paciente se movimenta. É acompanhada por rigidez matinal prolongada. Qualquer segmento da coluna vertebral pode ser acometido, mas é mais frequente na região lombar;
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Sacroiliíte: dor nas nádegas e nos glúteos, que pode irradiar para a face posterior da coxa. A dor pode piorar durante períodos de repouso;
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Entesite: inflamação nos tendões, ligamentos e cápsulas do tecido ósseo. Causa dor e rigidez, com restrição da mobilidade do paciente;
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Artrite: inflamação clássica das articulações periféricas, principalmente joelhos, tornozelos e pés e, com menos frequência, articulações dos membros superiores;
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Dactilite: inflamação que atinge os flexores dos dedos das mãos e dos pés, com a impressão clínica de “dedos em salsicha”.
Tratamento:
O tratamento das espondiloartrites envolvem o uso de antiinflamatórios não-hormonais, em alguns casos existe a necessidade do uso de bloqueadores do TNF-α e bloqueador da IL-17A.
4. Lúpus Eritematoso Sistêmico
O Lúpus Eritematoso Sistêmico, chamada popularmente de lúpus, é uma doença inflamatória crônica autoimune.
Há dois tipos principais de lúpus: o lúpus cutâneo, em que o paciente apresenta manchas avermelhadas ou eritematosas na pele e o lúpus sistêmico, em que um ou mais órgão internos são comprometidos.
A doença ocorre em diferentes grupos etários, raça e sexo, porém com maior incidência entre as mulheres e jovens adultos.
Sintomas:
O lúpus apresenta sintomas diversos, que surgem de forma lenta e progressiva, variando entre fases de atividade e remissão. São eles:
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Cansaço
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Desânimo
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Febre baixa
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Emagrecimento
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Perda de apetite
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Dor nas juntas
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Inflamação da pleura
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Hipertensão
Diagnóstico:
O diagnóstico da lúpus é feito por meio da avaliação dos sintomas para o médico. Exames de sangue e urina também podem auxiliar na detecção.
Tratamento:
O tratamento do lúpus depende do tipo de sintomas apresentados e deve ser feito de forma individualizada. O paciente pode necessitar de um, dois ou mais medicamentos em uma fase ativa da doença, e menos em outras fases não ativas ou de remissão, principalmente aqueles para modulação do sistema imunológico.
5. Fibromialgia
A fibromialgia é uma síndrome difícil de ser detectada em exames laboratoriais e diagnósticos como radiografia ou exame de sangue. O médico faz a detecção pelos sintomas relatados e por um exame de contato físico, que identifica os pontos dolorosos.
Ela pode ser facilmente confundida com a tendinite, principalmente diante do relato de dores nos ombros, coluna cervical e joelhos.
Tratamento:
Não há tratamento definitivo para a fibromialgia. Os médicos, em geral, podem recomendar mudanças no estilo de vida e medicamentos para controlara intensidade da dor.