por: Pixel
2/10/2022, 12:00:00 AM
O nascimento prematuro é algo relativamente comum. Cerca de 15 milhões de bebês nascem prematuros todos os anos, no mundo todo. Já no Brasil, são 340 mil nascidos antes da hora, o que representa 12% do total de nascimentos.
Uma gestação completa varia entre 37 e 42 semanas. O bebê é considerado prematuro quando nasce antes da 37ª semana de gravidez. Mas existem diferentes graus de prematuridade.
Extremamente prematuro: menos de 28 semanas de gestação;
Muito prematuro: 28 a 32 semanas de gestação;
Prematuro moderado a tardio: 32 a 37 semanas de gestação.
A prematuridade exige uma série de cuidados médicos e pode oferecer alguns riscos à saúde do recém-nascido, que normalmente precisa ficar internado por um período para que possa receber o suporte necessário e ganhar peso.
O parto prematuro, dependendo do momento em que ocorre, pode ser uma situação de risco tanto para o bebê quanto para a gestante. As principais complicações na gestação que podem levar a um parto prematuro são:
Infecções;
Insuficiência istmocervical (abertura do colo do útero);
Colo do útero curto;
Partos prematuros anteriores;
Rotura prematura da bolsa;
Tabagismo;
Miomas;
Gravidez de múltiplos;
Descolamento prematuro da placenta;
Diabetes gestacional;
Pré-eclâmpsia (aumento da pressão arterial na gravidez);
Alterações clínicas na gestante ou no feto que necessitem de interrupção antes do tempo esperado.
Normalmente, esses bebês apresentam baixo peso, menos de 2,5 kg. Os muito prematuros podem pesar bem menos do que isso. Quanto mais baixa a idade gestacional, menor será o peso do bebê.
Algumas características comuns nesses recém-nascidos são: pouca gordura corporal, pele fina e lisa (de forma que pode ser possível visualizar as veias), pouco cabelo, orelhas molinhas e a planta dos pés fina e com poucos sulcos. Eles também podem ter a cabeça proporcionalmente maior do que o corpo.
Sim, depende da causa. Por isso o pré-natal é tão importante: é com base nesse acompanhamento que o obstetra consegue detectar alterações precocemente e sugerir as intervenções necessárias.
Quais os principais problemas de saúde que podem acometer o bebê prematuro?
São problemas que, geralmente, estão relacionados à imaturidade de seus órgãos e funções que ainda não estavam preparadas para a vida fora do útero, como acontece com os pulmões e o sistema neurológico.
Geralmente, quando atinge a idade gestacional corrigida do termo, ou seja, entre 37- 40 semanas, aproximadamente. Assim, um bebê de 28 semanas vai permanecer internado por volta de 9 a 12 semanas. Mas é importante salientar que, para receber alta, ele deve estar apto a alimentar-se adequadamente por via oral, ter um bom ganho de peso diário, manter a temperatura corpórea sem auxílio de incubadora e respirar adequadamente sem necessidade de oxigênio.
Padrão do sono e mamadas: é importante reconhecer o ritmo de cada bebê, pois eles podem ficar quietinhos demais, dando a falsa impressão de que estão saciados, ou ser mais lentos para amamentação;
Sinais de alerta: saiba reconhecer sinais que mostrem que eles não estão bem, como engasgos com leite, se o bebê fica roxinho ou muito pálido, febre ou hipotermia, convulsões, falta de diurese (urina), se fica muito ofegante durante a mamada, se fica molinho ou se reage pouco a estímulos. Nesses casos, procure atendimento médico;
Medicações pós-alta: organize-se para não esquecer de nenhum medicamento. Em geral, os prematuros saem do hospital recebendo ao menos vitaminas e sulfato ferroso;
Calendário vacinal: mantenha a carteira de vacinação sempre atualizada. O sistema imunológico do prematuro é imaturo e as vacinas são importantes para protegê-los de infecções graves. Informe-se com o pediatra, pois eles têm direito a vacinas específicas;
Lavagem das mãos: todos que entrarem em contato com o bebê devem lavar as mãos antes. Essa medida é fundamental, especialmente para os prematuros em tempos de pandemia de Covid-19;
Ambiente de casa: não fume e não deixe ninguém fumar perto do bebê ou dentro de casa, evite aglomerações e não saia para lugares públicos antes que ele tenha iniciado suas vacinas. Na pandemia, a exposição deve ser ainda menor; evite contato com pessoas com sintomas gripais ou de virose;
Acompanhamento ambulatorial: não perca as consultas com o pediatra ou nas unidades de saúde. Informe-se sobre outras consultas necessárias no momento da alta, pois, dependendo do caso, pode ser necessário acompanhamento com outros profissionais, como oftalmologista, neuropediatra e fisioterapeuta, por exemplo.
Obviamente, esse período de adaptação não é fácil. As primeiras semanas com o bebê podem ser de muita alegria, mas também exigem muita dedicação e entrega, o que pode ser exaustivo.